JÓ

TÍTULO: Em referência ao personagem principal

PROPÓSITO: A principal mensagem do livro é entender a soberania de Deus para questões complexas como, por exemplo o porquê as pessoas retas e boas sofrem, se Deus é um Deus de amor e misericórdia . o livro ainda enfatiza o total e absoluto controle de Deus sobre todas as coisas existentes.

ESCRITOR: Incerto

DATA: Incerta, provavelmente anterior a 1500 a.C

PANORAMA: Os relatos do livro provavelmente ocorrem numa sociedade patriarcal no segundo milênio a.C, por volta da época de Abraão.

CARACTERISTICA PARTICULAR: os 17 livros proféticos do final do antigo testamento fornecem uma grande compreensão do período abrangido por 2 Reis

Primeira prova de Jó (cap 1)
Aqui verificamos o caráter, a família e a posição social de Jó. Satanás chega diante de Deus e afirma que Jó não era sincero na sua fé e Jó é submetido a duas provas. Em quatro episódios de violência e de desastres naturais, Jó perde tudo. Seus bois, jumentas, alguns empregados, pastores, ovelhas e também seus filhos. Diante de tanta desgraça Jó não disse nenhuma palavra de murmuração para Deus.

Segunda prova de Jó (cap 2)
Deus permitiu que Satanás submete-se Jó a uma segunda prova, ele feriu o corpo de Jó mas Jó continuou firme sem murmurar mesmo com a sua mulher desafiando-o. O capítulo termina com a visita de três amigos, Elifaz, Bildade e Zofar.

PRIMEIRO DIÁLOGO (CAP 3 A 14)

Murmuração de Jó (cap 3)
Jó murmura e amaldiçoa o dia do seu nascimento e se lamenta por não ter nascido morto e também fala sobre as pessoas que estão no mundo dos mortos e lamenta por que pessoas infelizes continuam vivendo.

Elifaz fala (cap 4 e 5)
Elifaz diz a Jó que ele siga o conselho que ele mesmo deu a outros e que tenha confiança em Deus, lembrando que somente os maus são castigados e que ninguém é perfeito. Aconselha Jó a voltar para Deus, que é bom e faz coisas maravilhosas e acrescenta que ser corrigido por Deus é motivo de felicidade e que no fim tudo da certo.

(Jó 4:6) - Porventura não é o teu temor de Deus a tua confiança, e a tua esperança a integridade dos teus caminhos?

Jó responde a Elifaz (cap 6 e 7)
Diante das acusações, Jó começa a se queixar de seus amigos e diz que não são amigos de verdade e insiste que não é culpado, afirma que a desgraça dele é um fardo insuportável, sem forças e esperança, pede a Deus que o leve deste mundo. Jó cita as coisas que o homem tem de suportar como o trabalho pesado, a vida curta e as constantes provas.

(Jó 6:9) - E que Deus quisesse quebrantar-me, e soltasse a sua mão, e me acabasse!


(Jó 7:6) - Os meus dias são mais velozes do que a lançadeira do tecelão, e acabam-se, sem esperança.


(Jó 7:16) - A minha vida abomino, pois não viveria para sempre; retira-te de mim; pois vaidade são os meus dias.

Bildade fala (cap 8)
Bildade diz que Deus, por ser justo, sempre castiga a pessoa que comete pecado e abençoa os bons.

Jó responde a Bildade (cap 9 e 10)
Jó responde a Bildade falando que o ser humano não consegue vencer Deus numa causa de tribunal e que a sabedoria e o poder de deus são vistos na criação. Jó também afirma que Deus é injusto ao tratar com as pessoas e pede que Deus o deixe morrer em paz.

Zofar fala (cap 11)
Zofar afirma que Jó não compreende a sabedoria de Deus e que o seu castigo é menor do que ele merece e aconselha Jó a abandonar o pecado e voltar para Deus.

Jó responde aos amigos (cap 12 a 14)
Jó dirige-se aos amigos e fala que também entende das coisas e que é tão sábio quanto eles, ele fala da grandeza de Deus e que seus amigos não tem condições de testemunhar contra ele. No capítulo 13 Jó quer saber por que esta sendo castigado se queixando de que Deus está destruindo a esperança do ser humano.

SEGUNDO DIÁLOGO (CAP 15 A 21)

Elifaz fala (cap 15)
Em sua segunda fala, Elifaz não se mostra tão compreensivo como da primeira vez, ele perde a paciência e acusa Jó com dureza dizendo que ninguém é puro diante de Deus e descreve os sofrimentos dos maus que mesmo sofrendo não querem saber de Deus.

Jó responde (cap 16 e 17)
Jó responde que um montão de palavras não conforta, queixa-se de que Deus os esmagou, fala que no céu tem quem o defende, queixa-se das pessoas e sem esperança, só pensa na sua morte.

Bildade fala (cap 18)
Bildade em sua segunda fala, começa criticando a fala de Jó. As suas palavras complementam o que ele e Elifaz tinham dito anteriormente sobre o fim dos maus.

Jó responde a Bildade (cap 19)
Jó responde duramente que seus amigos o estão maltratando e insultando, queixa-se de Deus que o esta atacando, queixa-se de que todas as pessoas ao seu redor o evitam. De repente Jó muda de atitude, passando o desespero para a esperança e termina dizendo que os seus amigos correm o perigo de serem julgados por Deus.

Zofar fala (cap 20)
Em sua segunda fala, Zofar fala sobre o castigo dos maus e que a felicidade dos maus dura pouco e que Jó esta sofrendo por causa das maldades que cometeu.

Resposta de Jó (cap 21)
Aqui Jó não se queixa de Deus, ele rebate algumas idéias dos seus amigos a respeito do castigo dos maus dizendo que a prosperidade dos maus não é temporária e que eles não caem na desgraça, Jó mostra que não faz parte da classe dos maus e que se fosse mau não estaria sofrendo esta injustiça de Deus.

TERCEIRO DIÁLOGO (CAP 22 A 27)

Elifaz fala (cap 22)
Na terceira fala de Elifaz, Jó é acusado de agir como as pessoas más e aconselha Jó a se humilhar diante de Deus e fazer as pazes com Ele, e Deus o aceitará.

Jó gostaria de saber onde encontrar Deus (cap 23 e 24)
Jó reclama que não pode encontrar a Deus e que, por isso, não consegue apresentar a sua causa a Ele. Jó se queixa de que os maus exploram os pobres e descreve os criminosos da noite.

Bildade e Zofar falam (cap 25 a 27)
Bildade começa dizendo que o homem ocupa um lugar humilde dentro da criação de Deus, mas é interrompido por Jó com uma critica.

Encerra-se os diálogos (cap 28)
Tanto Jó como os seus amigos diziam ter sabedoria, mas o autor do livro de Jó recomenda a posse de uma sabedoria mais elevada e preciosa de Deus, e só Dele o homem pode receber.

DEFESA FINAL DE JÓ (CAP 29 A 31)

Jó se defende (cap 29)
Jó começa falando sobre a sua vida correta, ele tratava bem os necessitados e era respeitado por todos.

Indignação de Jó (cap 30 e 31)
Jó volta a falar sobre a situação infeliz que se encontra, descreve como os filhos dos seus inimigos o atacam e finalmente pede ajuda, mas não recebe. Jó declara que não cometeu certos pecados, e pede que seja julgado e castigado se não tiver dito a verdade, afirma ter sido correto em sua vida sexual, social e espiritual.

Eliú fala (cap 32)
Jó estava convencido de sua inocência, e por isso os três amigos desistiram de continuar a discutir com ele, Eliú aparece que se dirige aos três amigos de Jó e afirma que não é a idade que dá sabedoria, mas Deus. Diz também que os argumentos desses amigos não convencem e promete dar a sua resposta.

Eliú fala (cap 33 a 37)
Eliú pede que Jó ouça a sua fala, cita palavras de Jó contra Deus, mostra que Deus fala com as pessoas de varias maneiras como por exemplo por sonhos e sofrimentos e que as pessoas são restauradas quando reconhecem seus pecados. Eliú defende Deus dizendo que Ele é justo e poderosos e faz varias perguntas a Jó, concluindo que Jó é um pecador rebelde, por isso Deus não o atende e que os seus pecados não atingem a Deus e sim as pessoas. Eliú continua falando, mostra que a maldade das pessoas impede que Deus as ouça e que Deus é justo, poderoso, sábio e digno de louvor e o orgulho e o pecado causam o sofrimento.

Deus responde a Jó (cap 38 a 41)
Deus aparece em cena e da a resposta a Jó, dizendo que Jó é ignorante e Deus é sábio. A sabedoria de Deus manifesta-se na criação, só ele tem condições de dominar os perversos e monstros mais ferozes. Jó desiste de se defender e reconhece a sua pequenez diante de Deus.

Cena final (cap 42)
Jó tem um encontro pessoal com Deus, reconhece sua majestade e é restituído de tudo aquilo que perdeu.

(Jó 42:2) - Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido.


(Jó 42:5) - Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te vêem os meus olhos.


(Jó 42:12) - E assim abençoou o SENHOR o último estado de Jó, mais do que o primeiro; pois teve catorze mil ovelhas, e seis mil camelos, e mil juntas de bois, e mil jumentas.