CANTARES

TÍTULO: O nome do Livro em hebraico - “Cântico dos cânticos” e em grego - “Cantares”.

PROPÓSITO: É chamado “Cântico dos Cânticos”, possivelmente como indicação de que Salomão o considerava o mais maravilhoso dos 1005 cânticos que escreveu.

DATA: aproximadamente 965 a.C..

ESCRITOR: Salomão.

CARACTERISTICAS: Muitos entendem que o livro retrata uma alegoria do amor entre DEUS e Israel, e do amor entre CRISTO e a Igreja. Mas certamente a história do livro retrata o romance de Salomão e uma mulher sulamita, desde o noivado, a consumação do casamento, até a maturidade da união.

(I Reis 4:32) - E disse três mil provérbios, e foram os seus cânticos mil e cinco.

OS INTERLOCUTORES:
Parece certo que os interlocutores são:
• A noiva, chamada Sulamita. (6:13)
• O rei.
• Um coro de mulheres do palácio, chamadas “filhas de Jerusalém”. Tais mulheres devem ter sido escravas da realeza que serviam como criadas da noiva do rei Salomão. No poema servem como um coro para ecoar os sentimentos da sulamita, enfatizando seu amor e afeição pelo noivo.

ESBOÇO DO POEMA:
Essa canção de amor divide-se praticamente em dua seções principais com mais ou menos o mesmo tamanho. O inicio do amor (capítulos 1 à 4) e seu amadurecimento (capítulos 5 à 8)

A esposa expressa seu amor pelo rei, e o rei, por sua noiva. (cap 1)

A noiva pensa dia e noite no rei. (cap 2 e 3)

(Cânticos 2:10) - O meu amado fala e me diz: Levanta-te, meu amor, formosa minha, e vem.
(Semelhante ao esposo, Cristo, que, com amor insondável, procura atrair os perdidos a Sí.)

O rei também não consegue deixar de ficar pensando em sua noiva, que o convida para o seu jardim de deleites conjugais. (cap 4)

(Cânticos 4:7) - Tu és toda formosa, meu amor, e em ti não há mancha.

(Toda formosa – a formossura está nos olhos daquele que contempla a formosura. Cristo cobra as imperfeições da nossa vida e das nossas obras, com sua perfeição e santidade, Ele, tanto quanto o Pai, nos vê, agora, completamente, santos, somos vestidos do próprio Senhor Jesus Cristo).

A noiva lembra-se do deleite de sua união e fica quase assoberbada por seu amor ao rei. (cap 5)
A rei corresponde à expressão de amor feita pela noiva; a satisfação da noiva. (cap 6:1 – 7:9a)

A frustração da noiva porque o costume social e os deveres oficiais do rei limitam o tempo que ela pode passar com ele. A expressão final do amor e de compromisso. (cap 7:9b – 8:14)

(Cânticos 8:14) - Vem depressa, amado meu, e faze-te semelhante ao gamo ou ao filho dos veados sobre os montes dos aromas.
(Vem depressa – lembra-nos da ansiedade da nova à espera da vinda do Senhor).